Mais de 100 mil migrantes chegaram à Europa desde janeiro

À Grécia chegaram, só em fevereiro, mais de 35 mil refugiados e migrantes, 48% procedentes da Síria, 25% do Afeganistão, 17% do Iraque, 3% do Irã e 2% do Paquistão
Da ABr
Publicado em 23/02/2016 às 9:55
À Grécia chegaram, só em fevereiro, mais de 35 mil refugiados e migrantes, 48% procedentes da Síria, 25% do Afeganistão, 17% do Iraque, 3% do Irã e 2% do Paquistão Foto: Foto: DIMITAR DILKOFF / AFP


Mais de 100 mil refugiados e migrantes chegaram à Europa pelo Mediterrâneo desde janeiro e 413 morreram durante a travessia, anunciou nesta terça-feira (23) a Organização Internacional das Migrações (OIM).

Desde 1º de janeiro, 102 mil pessoas chegaram à Grécia e 7.507 à Itália, acrescentou a organização.

“Atingimos este número em dois meses”, disse um porta-voz da OIM, Itayi Viriri, destacando que, em 2015, a marca dos 100 mil só foi atingida em junho.

Das 413 pessoas que morreram durante a travessia, a maioria, 312, afogou-se na rota do Mediterrâneo oriental, entre a costa da Turquia e as ilhas gregas.

À Grécia chegaram, só em fevereiro, mais de 35 mil refugiados e migrantes, 48% procedentes da Síria, 25% do Afeganistão, 17% do Iraque, 3% do Irã e 2% do Paquistão.

Os restantes 5% provêm de Marrocos, Bangladesh e da Somália, entre outros países.

Na Itália, em contrapartida, durante fevereiro “foram registrados vários dias sem a chegada de migrantes, devido às duras condições do mar”. Só num dia, segunda-feira passada (15), 940 pessoas foram resgatadas no Canal da Sicília.

A maioria dos migrantes que chega à Itália é proveniente da África – Marrocos, Guiné-Conacri, Senegal, Gâmbia, Nigéria ou Somália, entre outros países.

“Continuamos a registrar a chegada de muitos imigrantes vulneráveis, geralmente em más condições e que foram vítimas de violência por parte dos traficantes. Também há muitas mulheres vítimas de tráfico, uma tendência alarmante que já observávamos em 2015”, explicou o porta-voz da OIM na Itália, Flavio Di Giacomo.

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