Cidadãos do Irã começaram ir às urnas nesta sexta-feira (27) para escolher o Parlamento e a Assembleia dos Especialistas, que são os responsáveis por nomear e até mesmo retirar o líder supremo - o clérigo xiita sênior Aiatolá Ali Khamenei -, nas primeiras eleições desde que acordo com as potências mundiais sobre o programa nuclear e a suspensão das sanções.
A votação é vista como um referendo sobre as políticas do presidente conservador, Hassan Rouhani, que optou por restringir as atividades nucleares em troca da suspensão das sanções internacionais. Esta também é a primeira votação nacional desde que Rouhani foi eleito em 2013 com a promessa de impulsionar a economia, melhorar os laços com os países e aliviar as restrições sociais.
De acordo com o ministério do Interior, 4.844 candidatos disputam os 290 assentos da câmara e 88 vagas para a Assembleia dos Especialistas. Cerca de 10% dos candidatos são mulheres. Quase 55 milhões de iranianos têm direito a voto.
Na votação do Parlamento, reformistas buscam maiores mudanças democráticas, enquanto os conservadores que apoiam Rouhani são mais linha-dura contra aos que se opõem ao acordo nuclear e aberturas com o Ocidente.
É improvável que a votação mude o curso do Irã sobre as principais políticas independentes, mas uma vitória por reformistas e conservadores dará a Rouhani um apoio às necessidades como tentar reparar a economia e avançar em direção a laços mais estreitos com os EUA. Fonte: Associated Press