A Macedônia autorizou nesta quarta-feira (2) 170 refugiados a atravessarem a fronteira, enquanto do lado grego 10 mil pessoas continuam à espera em condições muito difíceis, informaram as autoridades gregas.
Trata-se do primeiro grupo de sírios e iraquianos autorizados a prosseguir viagem desde a madrugada de segunda-feira (29), quando a fronteira foi fechada depois que cerca de 300 refugiados tentaram forçar a entrada em território macedônio.
A fronteira entre a Macedônia e a Grécia situa-se na principal rota migratória dos Balcãs, que começa na Grécia e passa sucessivamente pela Macedônia, a Sérvia e a Croácia, seguindo pela Eslovênia até a Áustria.
Do lado grego, no posto fronteiriço de Idomeni, as autoridades locais afirmam que há 7 mil migrantes em dois acampamentos montados por organizações humanitárias e mais 3 mil nos campos próximos.
Nos últimos dias, as organizações no local denunciaram a falta de alimentos e de tendas e alertaram para os efeitos do tempo chuvoso na saúde dos migrantes, muitos dos quais viajam com crianças.
Um jornalista da agência France Presse relatou que há filas de pessoas para a distribuição de comida.
A Comissão Europeia propôs hoje destinar 700 milhões de euros do orçamento comunitário à ajuda de emergência aos países da União Europeia (UE), especialmente aos que enfrentam a chegada em massa de migrantes.
A Grécia estima que precisará de quase 500 milhões de euros para organizar o acolhimento de 100 mil refugiados e para administrar a situação na fronteira com a Macedônia.
Segundo números divulgados há uma semana pela Organização Internacional das Migrações (OIM), mais de 100 mil pessoas chegaram à Europa por meio do Mediterrâneo desde janeiro, a grande maioria à Grécia.