Enquanto a Colômbia deu um passo histórico pela união de pessoas do mesmo sexo na última quinta-feira (7), o Papa Francisco fechou com firmeza a porta ao casamento gay, num documento de 260 páginas sobre família e amor, lançado nesta sexta-feira (8). O relatório, que leva o nome de "Amoris Laetitia" (A alegria do amor) rejeita "os projetos de equiparação das uniões entre pessoas homossexuais com o matrimônio". Entretanto, ele afirma que a Igreja não deve rejeitar os homossexuais e que cada caso deve ser observado individualmente.
A declaração, que é um dos documentos mais esperados pela comunidade católica, desde que o papa Francisco assumiu o pontificado em 2013, é fruto de dois ciclos de consultas e de dois tensos sínodos realizados em outubro de 2014 e outubro de 2015 sobre a crise vivida pela família moderna.
No documento, o papa ainda estende a mão aos divorciados que voltam a se casar, e convida-os a sentir que também são parte da igreja, recordando que "não estão excomungados". O papa Francisco também pede que a Igreja valorize as "uniões de fato", e que não se deixe de reconhecer os "sinais de amor" entre os casais, para que sejam "acolhidos e acompanhados com paciência e delicadeza".
Além disso, ele também declara que aceita as uniões pré-matrimoniais como um passo adiante "para o caminho da plenitude do matrimônio e da família" e reconhece as numerosas razões pelas quais os casais, segundo o contexto social e cultural, decidem conviver.