Cinco homens procurados como parte da investigação do incêndio em um templo do sul da Índia que matou mais de 100 pessoa se entregaram nesta terça-feira (12), anunciou uma fonte policial.
No sábado (9) à noite, um foguete caiu sobre o depósito de fogos de artifício que seriam lançados do templo de Puttingal Devi, na cidade costeira de Paravuren (estado de Kerala), como parte das festividades do Ano Novo hindu, provocando uma gigantesca explosão que matou 109 pessoas e deixou centenas de feridos.
A polícia procurava desde então cinco pessoas por homicídio doloso, com uma sexta e última já localizada no hospital. Os procurados eram os diretores do templo e da empresa que forneceu os fogos de artifício.
"Os cinco acusados se entregaram à polícia local", disse à AFP o chefe de polícia de Kerala, S. Ananthakrishnan, antes de informar que eles serão detidos "formalmente" nesta terça-feira.
Além disso, a polícia interrogou outros cinco funcionários do templo, que foram liberados sem acusações.
Várias testemunhas afirmaram que a explosão projetou pedaços de cimento e telhas sobre a multidão em pânico.
A explosão foi tão forte que alguns edifícios próximos ao templo ficaram completamente destruídos e outros perderam os telhados, que caíram sobre os fiéis desesperados.
Em meio ao caos, os sobreviventes levaram os feridos aos hospitais em seus carros ou motocicletas.
Os incêndios e as fugas desordenadas provocadas por pânico são frequentes nos templos da Índia, geralmente por conta das escassas medidas de segurança.
O Alto Tribunal de Kerala deve se pronunciar sobre uma eventual proibição do uso de fogos de artifício em locais de culto, de acordo com a NDTV.