Ao menos 24 pessoas morreram em uma forte explosão na quarta-feira (20) em uma unidade petroquímica em Veracruz, leste do México, segundo um balanço atualizado pelas autoridades.
De acordo com o governo mexicano, o número de pessoas desaparecidas caiu de 18 para oito. A tragédia deixou 136 feridos. Dezenove deles continuam hospitalizados, 13 deles em estado grave.
O diretor geral da Pemex, José Antonio González Anaya, anunciou o novo balanço depois que as autoridades conseguiram finalmente entrar na unidade de Pajaritos, em Coatzacoalcos, Veracruz.
A tragédia aconteceu na Petroquímica Mexicana de Vinilio, conhecida como Pajaritos e copropriedade da estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) com a privada Mexichem, que opera a unidade.
Na quinta-feira (21), Anaya afirmou ao canal Televisa que a forte explosão, que provocou uma gigantesca coluna de fumaça tóxica, foi provocada por um vazamento.
"A unidade utiliza insumos como cloro e etanol, que são altamente inflamáveis, mas não sabemos as causas do vazamento", disse, antes de informar que funcionários da Mexichem foram interrogados sobre as circunstâncias do acidente.
A explosão aconteceu às 15H15 locais de quarta-feira (17H15 de Brasília) e estremeceu uma ampla área de Coatzacoalcos, na costa do Golfo de México, provocando cenas de pânico. As autoridades determinaram que 2.000 moradores abandonassem suas casas.
O coordenador de proteção civil afirmou, depois de constatar que não há risco de contaminação, que os moradores foram autorizados a retornar para suas casas. As aulas foram suspensas nesta quinta-feira.
Nos últimos anos foram registrados vários incidentes em instalações da Pemex, de acidentes dentro das unidades a explosões em dutos de gasolina que são perfurados por grupos criminosos que traficam combustível.
Em janeiro de 2013, 37 pessoas morreram em uma grande explosão na sede da Pemex na Cidade do México.
Em setembro de 2012, uma explosão de gás em uma unidade na cidade de Reynosa (Tamaulipas, nordeste) matou 30 trabalhadores.
A Pemex, vital para as finanças públicas mexicanas, enfrenta a queda dos preços internacionais do petróleo, o roubo de combustível por parte do crime organizado, e uma drástica redução da sua produção, de 3,4 milhões de barris diários em 2004 para 2,2 milhões em 2015.