O governo venezuelano prorrogou até 27 de maio uma jornada laboral de dois dias semanais ao setor público, devido a uma crise energética provocada pela seca prolongada.
"Prorroga-se por duas semanas mais este regime especial de dias não laborais", anunciou o governador Tareck El Aisami (situação), na qualidade de porta-voz da Presidência.
Através da televisão governamental, El Aissami destacou que a medida - implantada no fim de abril - obedece a quem continua sendo "crítico" o nível da represa El Guri, que gera 70% da eletricidade do país.
"As chuvas que eram aguardadas para estas duas semanas, segundo os prognósticos, não foram as esperadas, foram muito leves", afirmou o porta-voz, indicando que apesar da suspensão das atividades, o governo "garante os serviços básicos" à cidadania.
El Aissami disse, ainda, que nas sextas-feiras, 20 e 27 de maio, tampouco haverá atividades educativas nas escolas, como ocorreu nas duas últimas semanas.
O plano de economia energética começou há quase dois meses e meio e implicou, ainda, a antecipação do horário em 30 minutos (- 1H00 com relação a Brasília), um racionamento de quatro horas diárias em quase todo o país, a redução do horário de funcionamento em centros comerciais e hotéis, e vários pontos facultativos.
Maduro atribui a crise a uma seca que afirma ser a pior em 40 anos, mas a oposição culpa o governo de improvisar com as medidas e não ter feito uma manutenção adequada da infraestrutura pela ordem administrativa.