Cuba e a União Europeia (UE) constataram "profundas diferenças" de posições sobre os direitos humanos, mas continuaram debatendo esse tema a fim de de melhorar suas relações, disse nesta terça-feira a chancelaria local.
"Foram evidenciadas profundas diferenças de posições e enfoques em várias questões substanciais debatidas" durante a segunda sessão de diálogo mantida na segunda-feira em Havana, informou um comunicado oficial.
O primeiro encontro foi realizado em junho de 2015, em Bruxelas.
"A parte cubana reiterou o interesse de que este diálogo contribua para um tratamento eficaz, construtivo e não discriminatório sobre o tema dos direitos humanos, e o avanço do processo de construção de relações melhores", acrescentou.
As conversas foram comandadas por Stavros Lambrinidis, representante especial da UE para Direitos Humanos e Pedro Núñez Mosquera, Diretor-Geral de Assuntos Multilaterais da chancelaria.
O debate se realizou em "um clima respeitoso e construtivo" e tratou sobre "direitos civis e políticos" assim como dos "direitos econômicos, sociais e culturais".
Europeus e cubanos buscaram também "explorar possibilidades de cooperação bilateral e em cenários multilaterais, naqueles temas onde existem pontos de coincidência".
Cuba e a UE firmaram no dia 11 de março um acordo para normalizar suas relações, após quase dois anos de intensas negociações. No entanto, decidiram manter separados destas negociações os debates sobre o tema dos direitos, pois é onde permanece as maiores diferenças.
O texto da chancelaria não fixou data para o próximo encontro.