A corrida presidencial nos Estados Unidos migrou para a capital, Washington, com democratas executando um plano cautelosamente orquestrado para unificar seu partido em torno da candidatura de Hillary Clinton. O provável rival dela nas eleições gerais, Donald Trump, continua seu esforço para conquistar a base dos republicanos participando de eventos com doadores de campanha e eleitores evangélicos.
Uma série de nomes do alto escalão democrata anunciaram formalmente seu apoio a Hillary, com destaque para o anúncio pelo presidente Barack Obama na quinta-feira. Em poucas horas, o vice Joe Biden e a senadora por Massachusetts Elizabeth Warren também declararam apoio, sinalizando aos apoiadores do rival de Hillary nas primárias, Bernie Sanders, que é hora de se unir em torno de um nome.
Hillary se encontrou com a senadora Elizabeth Warren a portas fechadas por cerca de uma hora na sexta-feira, intensificando a especulação de que esta poderia ser a escolha da candidata para a vice-presidência.
"Se você realmente quer eletrificar a base do partido, precisa ter alguém que tem falado à base", disse o deputado Keith Ellison, um dos principais apoiadores de Sanders no Congresso. Ellison disse que ele e outros congressistas ficariam empolgados caso Hillary escolhesse Elizabeth como vice.
Já Trump, que tem enfrentado resistência de grupos do seu partido, falou a eleitores evangélicos. Encarando críticas por sugerir que a ascendência mexicana de um juiz teria impedido que ele fosse justo num julgamento, Trump adotou um tom mais conciliador. "Ninguém deveria ser julgado por sua raça, sua cor e a cor da sua pele", declarou. "Vamos unir nossa nação novamente", acrescentou.
Trump tem impulsionado o apoio que já recebeu de evangélicos nas primárias republicanas e defendeu sua posição contra o aborto e comprometimento com liberdade religiosa.