Forças do governo iraquiano desativaram minas e explosivos deixados pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) em áreas recém capturadas de Fallujah, enquanto o confronto segue em outras partes da cidade, informou neste sábado o oficial Haider al-Obeidi.
As operações seguem em curso na cidade, com a força aérea iraquiana atingido alvos do EI, inclusive atiradores em telhados próximos ao principal hospital, explicou o militar. Os comandantes da operação temem que terroristas possam utilizar pacientes do hospital como escudo humano.
Na sexta-feira, al-Obeidi afirmou que as tropas iraquianas já controlavam 80% da cidade, com terroristas do EI concentrados em quatro distritos localizados ao norte. A ofensiva contra o EI em Fallujah teve início ainda em maio e tem reduzido o controle da grupo terrorista, que ocupava a cidade há dois anos.
Militares iraquianos consideram o feito um grande avanço na missão de retirar o EI de sua principal fortaleza na província de Anbar, na região Oeste do Iraque. Com a retomada completa de Fallujah, restará a cidade de Mosul, a segunda maior do país, sob controle do grupo terrorista.
Grupos de direitos humanos estimam que cerca de 50 mil civis estavam presos na cidade quando a ofensiva teve início, enquanto entre 30 mil e 42 mil já conseguiram escapar desde então. A maioria está alojada em campos ao redor da cidade.
Ontem, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, fez um pronunciamento na televisão, diretamente do centro de comando, parabenizando as tropas pelo sucesso da operação. "Prometemos liberar Fallujah e a cidade está retornando à nação", celebrou.
O conflito já forçou mais de 3,3 milhões de pessoas para fora de casa no Iraque. O país ainda oferece asilo a cerca de 300 mil refugiados sírios. Fonte: Associated Press.