Militantes capturaram duas vilas que antes eram controladas pelas forças do governo da Síria na província de Aleppo, após dias de confrontos que deixaram dezenas de combatentes mortes, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos neste sábado. Segundo a entidade, foram quatro dias de ofensivas de diferentes grupos militantes, incluindo a afiliada da Al Qaeda Nusra Front, que mataram 86 soldados que lutavam no lado do governo, incluindo 25 membros do Hezbollah.
O Observatório Sírio e o Comitê Local de Coordenação, duas entidades que monitoram o conflito por meio de redes de ativistas locais, afirmaram que os militantes atualmente controlam as vilas de Zeitan e Khalsa, ao sul da cidade de Aleppo.
O Nusra Front e seus aliados iniciaram diversas ofensivas ao sul de Aleppo nos últimos meses, causando importantes baixas nas forças pró-governo. Enquanto isso, as forças do governo fecharam as partes da cidade que estão em poder dos rebeldes, que estão sendo bombardeadas diariamente.
"A situação é muito boa", disse um combatente da Nusra Front no sul de Aleppo, por telefone, à Associated Press. Ele confirmou que os militantes tomaram o controle das vilas.
O Hezbollah publicou um comunicado neste sábado afirmando que o grupo perdeu "mártires" em "confrontos diretos e pesados com organizações terroristas". O grupo negou relatos de que os integrantes do Hezbollah foram mortos em embates com as forças do governo de Assad, e disse que suas relações com o exército da Síria e com outros aliados são "fortes". O Hezbollah enviou centenas de combatentes para a Síria, em apoio às forças do presidente Bashar Assad.
Em Aleppo, os bombardeios deixaram sete mortos e dezenas de feridos no bairro predominantemente curdo de Sheikh Maqsoud. A área é controlada pela principal milícia curda, a Unidade de Proteção ao Povo, que luta contra os insurgentes na Síria e com o Estado Islâmico.