Cuba, que durante anos foi acusada pelos Estados Unidos de contribuir para o narcotráfico, se transformou agora em aliada de Washington ao assinar um acordo para enfrentar esse crime.
Funcionários dos dois países assinaram um "Acordo para a Cooperação Operacional" com "o objetivo de enfrentar o tráfico de entorpecentes e substâncias psicotrópicas", disse a chancelaria local em um breve comunicado.
"A reunião transcorreu em um clima de respeito e profissionalidade. Ambas as partes concordaram na utilidade do encontro e acordaram manter as conversas no futuro", concluiu.
O acordo sobre combate ao narcotráfico é o décimo-primeiro assinado entre os dois países desde que restabeleceram as relações diplomáticas em 20 de julho de 2015, após cinco décadas de desencontros e hostilidades.
Depois que um caso de narcotráfico em 1990 envolvendo altos oficiais cubanos, entre eles o general Arnaldo Ochoa e o coronel Antonio de la Guardia, os Estados Unidos acusaram as autoridades da ilha de promover essa atividade.
Ochoa e De la Guardia foram condenados à morte e executados depois de um julgamento televisionado. Seus cúmplices foram condenados a longas penas de prisão.
Cuba está no centro da rota da droga, entre a América do Sul e os Estados Unidos. Aviões de narcotraficantes voam sobre os mares ai norte da ilha, onde lançam pacotes de drogas, que são recolhidos por lanchas rápidas provenientes dos Estados Unidos.