O sírio que se explodiu nesse domingo (24) perto de um festival de música no sul da Alemanha em nome do grupo Estado Islâmico (EI) teve uma longa trajetória jihadista, relata a revista oficial da organização extremista.
De acordo com al-Nabaa, ele era originário da cidade de Aleppo, no norte da Síria, e se aproximou "muito cedo" dos movimentos jihadistas, lutando primeiramente durante alguns meses no Estado Islâmico do Iraque (EII), um grupo formado em 2006 pela Al-Qaeda no Iraque e outros grupos extremistas.
Em seguida, retornou para a Síria, onde se manteve discreto para não ser notado pelos serviços de inteligência do regime de Bashar al-Assad.
Quando o conflito na Síria começou em 2011, ele formou, de acordo com al-Nabaa, uma célula com amigos para atacar as forças do regime utilizando explosivos e lutando com vários grupos rebeldes antes de se juntar às fileiras da Frente Al-Nosra, na época uma extensão do EI na Síria.
Foi ferido em Aleppo e deixou o país em busca de tratamento médico na Europa.
A publicação do EI afirma que a partir do exterior, o homem passou a monitorar de perto as atividades na Síria do grupo Estado Islâmico no Iraque no Levante (EIIL), que se tornou em 2014 o Estado Islâmico (EI).
Respondendo aos apelos do chefe do EI Abu Bakr al-Baghdadi a combater os "Cruzados" na sua terra, ele começou a preparar cuidadosamente um ataque em grande escala na Alemanha, de acordo com al-Nabaa.
As autoridades alemãs apresentaram o autor do ataque como um sírio de 27 anos, que havia apresentado um pedido de asilo, que foi negado, e com transtornos psiquiátricos.
O homem morreu na explosão de seu artefato explosivo na frente de um café-restaurante em Ansbach, fazendo 15 feridos, quatro em estado grave.