A candidata democrata Hillary Clinton, afetada por uma pneumonia, retomará a campanha eleitoral esta semana ainda, mas o presidente Barack Obama vai substituí-la em um comício que ela faria nesta terça-feira (13), na Filadélfia.
A ex-secretária de Estado, que lidera as pesquisas para as eleições de 8 de novembro, precisa provar ao eleitorado que não perdeu a força necessária para derrotar seu adversário, o magnata republicano Donald Trump, e assumir as funções de presidente.
Hillary suspendeu os atos de sua campanha à Casa Branca devido à pneumonia, mas garantiu no Twitter que se sente bem e que retomará em breve a campanha eleitoral.
Na Filadélfia, onde ela falaria nesta terça, Obama pretende incentivar os indecisos, em particular os jovens, a optar pela ex-chefe da diplomacia americana, explicou seu porta-voz, Josh Earnest.
Hillary teve que ser auxiliada no domingo após uma cerimônia pública em Nova York. Posteriormente, uma equipe médica informou que a candidata presidencial sofria de uma pneumonia e aconselhou a suspensão de suas aparições públicas na segunda-feira.
"Senti um mal-estar e perdi o equilíbrio por um instante, mas uma vez que entrei (em um automóvel), uma vez que pude me sentar e sair do calor, uma vez que bebi água, imediatamente me senti melhor", revelou Clinton nesta segunda à rede CNN.
Um porta-voz de sua equipe de campanha, Brian Falllon, assegurou à imprensa que a pneumonia diagnosticada é o único problema de saúde de Hillary, aludindo à especulações sobre seu estado.
Donald Trump chegou a expressar seus votos de uma rápida recuperação, mas voltou a sugerir que Clinton não estava sendo completamente honesta sobre seu estado de saúde.
"Algo está acontecendo, mas tenho a esperança de que se recupere e volte à campanha; já a veremos durante o debate" entre candidatos, disse Trump durante uma entrevista à rede de televisão FoxNwes.
Com sua declaração, Trump voltou a fazer uma referência ao estado de saúde de sua adversária.
Há uma semana, Trump já havia insistido com isto devido a um acesso de tosse que forçou Hillary interromper um discurso durante um ato pública.
A postura atiçou a imaginação de eleitores conservadores nas redes sociais, que durante a semana passada e sem base real especulavam com que Hillary sofreria de um tumor cerebral, demência senil ou mal de Parkinson.
O súbito problema de saúde ocorre em um momento crítico para Hillary, diante de questionamentos por sua negação a divulgar dados concretos sobre seu estado de saúde, em um contexto geral de falta de transparência e aproximação dos debates televisivos entre os dois candidatos.
A última rodada de pesquisas sobre intenções de voto mostrou uma acirrada disputa entre Hillary e Trump, em um cenário no qual qualquer tropeço nesta fase pode ter efeitos dramáticos.
Um pesquisa realizada pela rede CNN divulgada na última terça-feira mostrava Trump à frente de Hillary, com uma leve vantagem de 45% a 43%.
Contudo, uma pesquisa divulgada pela rede NBC News e realizada entre eleitores registrados mostrou Hillary à frente, com uma respeitável vantagem de 48% a 42%.