Hillary retoma campanha e Trump dá atestado de "excelente saúde"

Crise na saúde de Hillary motivou candidatos a divulgarem informações sobre suas condições físicas
AFP
Publicado em 15/09/2016 às 21:46
Crise na saúde de Hillary motivou candidatos a divulgarem informações sobre suas condições físicas Foto: FOTO: JUSTIN SULLIVAN / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP


A candidata presidencial Hillary Clinton retorna nesta quinta-feira à campanha depois de dias de repouso por causa de uma pneumonia, em um dia em que seu adversário Donald Trump divulgou um documento onde afirma que possui uma "excelente saúde".

A ex-secretária de Estado tem na agenda atos de campanha na Carolina do Norte e em Washington, em uma tentativa de retomar a iniciativa política a apenas duas semanas do esperado primeiro debate televisionado com Trump.

No último domingo Hillary teve que ser ajudada ao deixar uma cerimônia pública em Nova York, e pouco depois foi informado que três dias antes ela havia sido diagnosticada com uma pneumonia, até então omitida por sua equipe.

Na quarta-feira, a médica que a atende, Lisa Bardack, divulgou à imprensa um comunicado de duas páginas onde afirmou que Hillary se recuperava de uma pneumonia "leve, não contagiosa", mas que está "apta para servir" como presidente.

Nos três dias em que a candidata esteve fora de combate, Trump multiplicou suas aparições públicas e suas declarações nas grandes redes de televisão, em especial para afirmar que tem muito boa saúde.

Hillary, de 68 anos, e Trump, de 70, são as pessoas mais velhas a disputar a presidência americana, e a crise de saúde da ex-secretária gerou pressão para que os dois divulguem informações sobre sua condição física.

- "Excelente saúde" -

No mesmo dia, a equipe de campanha de Trump divulgou uma carta assinada por seu médico pessoal desde 1980, Harold Bornstein, e onde afirma categoricamente que o empresário devenido candidato presidencial goza de uma "excelente saúde física".

O documento revelou que Trump só toma medicamentos para reduzir o colesterol e aspirinas em baixas doses, enquanto que os outros exames de laboratório tiveram resultados considerados normais.

De acordo com a carta de Bornstein, Trump pesa atualmente 107 quilos, sugerindo um quadro de sobrepeso para sua altura de 1,90m, mas menciona que não consume "cigarro nem álcool".

"Em suma, o senhor Trump goza de uma excelente saúde física", expressou o médico.

No ano passado, outra carta do mesmo médico afirmava que, caso vencesse as eleições de novembro, seria o "indivíduo mais saudável já eleito presidente".

Trump inclusive gravou nesta quarta-feira uma entrevista -que será divulgada nesta quinta-feira- para um popular programa de televisão dedicado a questões médicas, onde discutiu detalhes sobre seu estado de saúde.

Em um fragmento da entrevista adiantada à imprensa, Trump afirmou que se sente "tão bem como quando tinha 30 anos".

- Carreira lado a lado -

Além das polêmicas sobre a saúde dos candidatos, Hillaruy precisa retornar a campanha eleitoral, já que as pesquisas continuam mostrando que a enorme vantagem que Trump já teve desapareceu.  

Uma pesquisa da rede CBS e do jornal The New York Times divulgada nesta quinta-feira, mostra Hillary Clinton com uma vantagem apertada de dois pontos sobre Trump (44% a 42%).

No entanto, quando a pesquisa incluiu no questionário os outros dois candidatos minoritários em disputa -o libertário Gary Johnson e a ambientalista Jill Stein- Hillary e Trump ficaram empatados em 42%.

Eeste cenário, considerando os quatro candidatos, é o mesmo apontado na quarta-feira pela pesquisa da universidade Quinnipiac.

Um estudo da CBS/NYT também mostrou uma enorme divisão de gênero na disputa eleitoral: Trump tem uma vantagem de dois dígitos entre os eleitores homens, enquanto Hillary tem uma superioridade equivalente entre as mulheres.

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