O Conselho de Segurança das Nações Unidas indicou nesta quinta-feira (6) formalmente o nome do português António Guterres para o cargo de secretário-geral da ONU. O anúncio foi feito em Nova Iorque.
A indicação foi decidida por aclamação e agora será submetida aos 193 países que compõem a Assembleia Geral da ONU, que devem homologar a decisão do conselho. Guterres deverá substituir o atual secretário-geral, Ban Ki-moon, em 31 de dezembro e terá mandato de cinco anos.
Ex-primeiro ministro de Portugal, António Guterres foi chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) de 2005 a 2015.
Pela primeira vez na história da ONU, a escolha do secretário-geral foi feita por meio de processo transparente, que envolveu discussões públicas sobre assuntos ligados aos direitos humanos, acordos de paz e desenvolvimento sustentável. Nos processos anteriores, a eleição do secretário-geral era feita a portas fechadas, por alguns países que integram o Conselho de Segurança da ONU.
Após participar da reunião do Conselho de Segurança que formalizou a escolha de António Guterres, o embaixador russo nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, disse que a escolha foi unânime.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, Ban Ki-moon disse que considera “excelente” a escolha de Guterres para o posto. “Sua experiência como primeiro-ministro português, o seu vasto conhecimento do mundo e o seu intelecto brilhante vão servi-lo bem na liderança das Nações Unidas neste período decisivo.”
Ban Ki-moon também elogiou a atuação de Guterres à frente do Acnur. “Ele mostrou uma profunda compaixão para com milhões de pessoas que foram forçadas a deixar suas casas.”
Pelo Twitter, o embaixador do Reino Unido na ONU, Matthew Rycroft, disse que Guterres vai trazer “liderança, visão e sentido de missão que é o que mais as Nações Unidas precisam”.