Os principais bancos britânicos estão se preparando para deixar o Reino Unido no início do ano que vem, com medo dos possíveis efeitos da saída do país da União Europeia (UE). As informações são da Agência Ansa.
Em artigo publicado no jornal Observer, presidente da Associação de Bancos Britânicos (BBA), Anthony Browne, fez críticas ao processo. "O debate público e político atual está sendo levado para a direção errada", disse o executivo em texto que gerou preocupação entre os britânicos neste domingo (23).
De acordo com Browne, as grandes instituições financeiras pretendem deixar o Reino Unido em 2017, mas as menores estão se preparando para se transferirem ainda no fim deste ano.
Durante toda a campanha sobre o referendo do Brexit, a maioria dos bancos britânicos havia demonstrado preferência por permanecer na União Europeia.
Na semana passada, levantou-se a possibilidade de que o governo da primeira-ministra Theresa May tente obter da UE um tipo de acordo parcial, segundo o qual certas atividades econômicas poderiam permanecer ativas no bloco, mesmo se o país se afastar.
No entanto, as repetidas declarações de May de que poderia adotar medidas internas, como o fim do limite à imigração, em troca da permanência de certos setores na economia da UE, preocupam as instituições financeiras.
A frieza com que May foi recebida na última cúpula de líderes europeus também comprovou que as negociações com o bloco não serão fáceis e que a UE fará uma série de imposições caso o Reino Unido deseje certas concessões.