O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reafirmou nesta quarta-feira (2) sua vontade de não interferir na investigação em curso do FBI sobre os e-mails da candidata democrata, Hillary Clinton, mas insistiu que as pesquisas não devem se basear em "insinuações".
"Fiz um esforço para me assegurar de não dar a impressão de que interfiro no processo, que deve ser independente", declarou durante uma entrevista com o site NowThisNews.
Entretanto, pareceu fazer uma crítica velada ao modo como o diretor do FBI, James Comey, manejou o caso. Obama disse que "existe uma norma segundo a qual quando existe uma investigação, não se trabalha com base em insinuações, em informações incompletas".
"Quando esse tema foi objeto de uma informação completa, a conclusão do FBI, do Departamento de Justiça e (...) de várias investigações do Congresso foi que (Hillary Clinton) cometeu erros, mas que nada justificava que fosse objeto de processos judiciais", acrescentou.
Comey, um republicano, enviou na sexta-feira uma breve mensagem aos dirigentes do Congresso para informar-lhes que o FBI havia descoberto novos e-mails vinculados ao caso do uso de um servidor privado por parte de Hillary Clinton quando ela era secretária de Estado.
Nessa mensagem, uma verdadeira bomba na reta final da campanha da qual o candidato republicano, Donald Trump, tira grande proveito, o chefe do FBI foi muito vago sobre o verdadeiro alcance da descoberta.
Não foi comunicação oficial de qualquer calendário sobre as novas investigações em curso para determinar os e-mails continham informações confidenciais.
Em julho deste ano, James Comey anunciou que o FBI recomendava não indiciar Hillary Clinton no caso, recomendação respeitada pelo Departamento de Justiça.