O Conselho de Segurança da ONU aprovou nessa quinta-feira (17) por unanimidade estender por mais um ano o mandato de uma comissão que investiga ataques químicos na Síria e busca identificar seus responsáveis.
Com apoio da Rússia, o Conselho aprovou uma resolução apresentada pelos Estados Unidos que prolonga a investigação conjunta da ONU e da Organização para a Proibição de Armas Químicas até novembro de 2017.
A embaixadora americana, Samantha Power, disse que o trabalho do painel, conhecido como Mecanismo de Investigação Conjunto, está longe do fim e aponta para informações sobre supostos ataques com gás cloro no leste de Aleppo.
O Mecanismo estabeleceu durante um ano de investigação que as forças do governo sírio executaram ataques com gás cloro em vilarejos em 2014 e 2015.
Esta foi a primeira vez que uma investigação internacional acusou as forças do presidente Bashar al-Assad, depois de anos de negativas de Damasco.
Apesar das descobertas, a Rússia minimizou as conclusões como não convincentes e afirmou que não devem ser aplicadas sanções contra a Síria.
O embaixador adjunto russo, Vladimir Safronkov, disse que "a posição cética de Moscou é bem conhecida sobre as conclusões", mas acrescentou que o apoio da Rússia a prolongar o trabalho da comissão era um reconhecimento de que o uso de armas químicas permanece uma ameaça no Iraque e na Síria.
O Mecanismo também determinou que o grupo Estado Islâmico usou armas químicas na Síria em agosto de 2015.