Em sua página no Twitter, a bloqueira cubana Yoani Sánchez, maior opositora aos governos de Fidel e Raúl Castro, se pronunciou sobre a morte do líder latino-americano neste sábado (26). Sánchez, que mantém o primeiro meio de comunicação independente do País em 50 anos, criticou a cobertura da mídia, falou sobre a indiferença de parte da população e refletiu sobre a situação do país pós-Fidel.
"O homem que tentou moldar a Nação à sua imagem e semelhança se foi, mas Cuba ficou", escreveu. "Uns se despedem com dor, outros com alívio... a grande maioria com um toque de indiferença."
Yoani falou sobre sua adolecência, quando sentia que Fidel decidia o que ela vestia, comia e estudava nos livros escolares. A cubana comemorou um futuro em que seus filhos não precisarão escutar um de seus "intermináveis discursos."
A blogueira e filósofa, que chegou a ter sua página derrubada pelo governo cubano, fez uma análise sobre Cuba pós-Fidel. "Seu legado é um país em ruínas, uma nação onde os jovens não querem viver", criticou.