Os desastres naturais causaram danos no valor de 175 bilhões de dólares em 2016, um recorde desde 2012, mas foram menos mortíferos que no ano anterior, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (4) pela companhia resseguradora alemã Munich Re.
Destes 175 bilhões de dólares, apenas 50 bilhões estavam assegurados, segundo o estudo, considerado uma referência no setor.
Por outro lado, as catástrofes naturais deixaram 8.700 mortos no ano recém-terminado, comparado com os 25.400 mortos em 2015, fazendo de 2016 o segundo ano menos mortífero desde 1986, atrás de 2014 e suas 8.050 mortes por desastres naturais.
No total, foram registrados 750 fenômenos climáticos ou geológicos extremos em 2016, muito mais que os 590 casos constatados em média nos últimos dez anos.
A Munich Re destaca que duas catástrofes - vários terremotos no Japão em abril e uma onda de inundações na China em junho e julho - foram as mais caras, provocando respectivamente 31 bilhões e 20 bilhões de dólares em danos.
O estudo também registra 160 catástrofes na América do Norte, incluindo o furacão Matthew, em outubro, que deixou 550 vítimas no Haiti e provocou 10,2 bilhões de dólares em danos em sua passagem.
No Canadá, os incêndios das florestas em Alberta, em maio, provocaram cerca de 4 bilhões de dólares em danos, enquanto os danos causados pelas inundações de agosto no sul dos Estados Unidos custaram 10 bilhões de dólares.
Na Europa, uma série de tempestades no final de maio e início de junho, principalmente na França e na Alemanha, com inundações e cheias de rios comportaram perdas no valor de 6 bilhões de dólares.