O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu uma transição suave no controle das Forças Armadas para o presidente eleito do país, Donald Trump. Nesta quarta-feira (4), Obama teve sua última reunião com os líderes militares.
Obama enfatizou a necessidade de haver "continuidade" no período de transição de poder. Segundo ele, é crucial garantir que o próximo presidente se beneficie dos mesmos serviços e do aconselhamento "excepcionais" que ele diz ter tido com seu comando militar.
Há preocupações sobre como Trump pode lidar com desafios no setor de segurança. Nos últimos dias, Trump contestou afirmações do setor de inteligência dos EUA segundo as quais hackers russos interferiram nas eleições dos EUA. Além disso, o presidente eleito insistiu sem explicações que a Coreia do Norte não desenvolverá uma arma nuclear que poderia atingir os EUA e também questionou o valor da Organização das Nações Unidas.
Obama citou alguns conflitos com os quais Trump terá de lidar quando assumir em 20 de janeiro, entre eles a luta contra o Estado Islâmico na Síria e na cidade iraquiana de Mossul. Ele também lembrou que o conflito no Afeganistão "ainda está ativo"
O presidente estar otimista sobre o futuro do país, porque seus militares mantêm "os valores do Estado de Direito e o profissionalismo e a integridade". Além disso, segundo ele, os militares respeitam a autoridade civil e as práticas democráticas para determinar quanto de força usar. As declarações foram uma aparente crítica velada a Trump, que defendeu a volta de técnicas duras de interrogatório contra suspeitos.