Cinco pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas em um tiroteio na madrugada dessa segunda-feira (16) durante um festival de música eletrônica na turística Playa del Carmen, leste do México.
Os tiros começaram no interior da discoteca Blue Parrot, provocando pânico entre as pessoas presentes.
"Uma briga entre dois indivíduos fez com que um atirasse no outro, o que exigiu a intervenção dos seguranças" informou em um vídeo o governador de Quintana Roo, Roberto Borge.
O secretário estadual de Segurança Pública, Rodolfo del Ángel, confirmou que a investigação aponta para "uma briga entre frequentadores por algum problema que ocorreu no interior" da discoteca.
"Escutamos um barulho, achamos que eram fogos de artifício na boate, mas logo percebemos que alguém havia entrado pela porta de saída e estava atirando", disse à AFP Rashed Qassem, um libanês de 36 anos residente nos Estados Unidos que estava com amigos na discoteca.
"Vi um homem cair no chão com um tiro na cabeça. Imediatamente depois, meu amigo que estava sentado tomou um tiro nas costas. Nos jogamos no chão enquanto o cara continuava atirando. Matou um segurança na entrada, atirou ao menos dez vezes" antes de fugir pela porta de saída, contou Qassem.
Três mortos já foram identificados: o canadense Kirk Wilson, o italiano Daniel Pessina e o mexicano Rafael Peñaloza Vega. Uma mulher que morreu durante a correria na boate ainda não foi identificada.
O procurador do Estado de Quintana Roo, Miguel Ángel Pech, havia informado a presença de uma colombiana entre as vítimas, mas a notícia foi desmentida pela chancelaria em Bogotá.
Os organizadores do evento revelaram que entre as vítimas fatais há membros da equipe de segurança da discoteca.
O governo estadual confirmou que os quatro homens morreram baleados e a mulher faleceu na correria provocada pelo tiroteio.
De acordo com Borge, das 15 pessoas feridas oito já receberam alta.
A polícia deteve quatro suspeitos de envolvimento no caso.
Playa del Carmen, 68 km ao sul de Cancún, é uma região de águas de cor turquesa muito frequentada por turistas americanos, canadenses e europeus, onde são incomuns atos violentos ligados ao narcotráfico, como ocorre em outras zonas do país.