O ex-presidente do Peru Alejandro Toledo, que está foragido da Justiça peruana por supostamente ter recebido propina da empreiteira brasileira Odebrecht, não terá permissão para entrar em Israel, garantiu neste domingo (12) o governo israelense.
Uma busca internacional por Toledo está em andamento desde que um juiz do Peru emitiu um mandado de prisão contra o ex-presidente. Acredita-se que ele recebeu cerca de US$ 20 milhões em propina da Odebrecht para ajudar a empresa a ganhar um contrato para construir uma rodovia do Brasil para o Peru.
É possível que Toledo busque refúgio em Israel, uma vez que sua esposa tem a cidadania do país, que não tem um acordo de extradição com o Peru. Suspeita-se que ele tenha passado o fim de semana em São Francisco, nos Estados Unidos, e teria um voo marcado para Israel na tarde deste domingo, informação que não foi confirmada por autoridades israelenses. Segundo o governo de Israel, a entrada do ex-presidente só será permitida se a sua situação for regularizada.
A Odebrecht admitiu no ano passado, em acordo com a Justiça dos Estados Unidos, que pagou cerca de US$ 800 milhões em subornos a países América Latina, incluindo US$ 29 milhões durante os governos de Toledo e de seus dois sucessores no Peru. Toledo, que foi visto pela última vez em Paris há uma semana, negou qualquer irregularidade.