A presidente Michelle Bachelet anunciou nesta quarta-feira um projeto de reforma da Previdência chilena, que prevê contribuições dos empregadores, para substituir os atuais fundos de pensões privados.
Em mensagem em rede nacional de TV, Bachelet anunciou que pretende implementar um sistema provisório "misto", que permitirá elevar em média 20% o valor das aposentadorias já pagas, e em 50% as aposentadorias dos mais de 10 milhões contribuintes do atual sistema de fundos privados, criado pelo ditador Augusto Pinochet em 1981.
"O Chile necessita deste tipo de Previdência, nos fará bem como país esta outra visão", declarou Bachelet.
A proposta prevê uma contribuição de 5% do empregador, dos quais 3% irão diretamente para uma conta do empregado e 2% para um fundo coletivo.
Os valores serão administrados por uma instituição pública independente, destacou Bachelet.
O objetivo final é acabar com o atual sistema, com contribuição exclusiva do empregado a fundos de pensões privados, que pagam aposentadorias muito abaixo do previsto, inferiores inclusive ao salário mínimo (menos de 400 dólares).
A promessa original era pagar 70% do último salário do trabalhador.
O novo sistema de Bachelet também prevê maior controle sobre os fundos de pensões, com os contribuintes tendo maior influência na definição das políticas de investimentos.