O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (16) que a China trabalha com o seu governo para tratar do "problema da Coreia do Norte". Mais cedo, o vice-presidente Mike Pence disse que a "provocação" da Coreia do Norte, que realizou um fracassado teste com míssil balístico hoje, revelou os riscos enfrentados pelos militares norte-americanos e da Coreia do Sul.
O assessor de segurança nacional de Trump, H. McMaster, ressaltou que o presidente "está claramente confortável em tomar decisões difíceis", citando o recente ataque com mísseis na Síria justificado com um bombardeio de armas químicas que teria sido ordenado pelo presidente do país.
Mas ao mesmo tempo, McMaster afirmou que "é hora de empreendermos todas as ações que pudermos, sem uma opção militar, para tentar resolver isso pacificamente".
Em uma entrevista, McMaster disse que os EUA dependem de seus aliados, bem como da liderança chinesa para resolver os problemas com a Coreia do Norte. "Quero dizer, a Coreia do Norte está muito vulnerável à pressão dos chineses", disse.
O resultado final, disse McMaster, é impedir o desenvolvimento de armas do Norte e tornar a Península da Coreia livre de armas nucleares. "Está claro que o presidente está determinado a não permitir que esse tipo de capacidade ameace os Estados Unidos. E nosso presidente tomará medidas que sejam do melhor interesse do povo americano".
Pence estava a bordo do avião Air Force II, sobrevoando o Mar de Bering, quando um míssil da Coreia do Norte explodiu durante o lançamento no início deste domingo, disseram autoridades norte-americanas e sul-coreanas. O teste seria mais uma tentativa de mostrar o poderio nuclear da parte norte da Península da Coreia.
Um assessor de política externa da Casa Branca viajando com Pence disse que nenhuma resposta dos EUA é esperada, já que não há necessidade de reforçar o fracasso. Trump, passando o fim de semana da Páscoa em seu resort na Flórida, reforçou seu compromisso com as forças armadas norte-americanas. "Nosso exército evolui e está rapidamente se tornando mais forte do que nunca", declarou em redes sociais.
Mais diretamente sobre a Coreia do Norte, o presidente voltou a enfatizar a importância da China. Na semana passada, ele disse que não declararia a China como um país que manipula o câmbio, indo contra uma promessa de campanha, enquanto busca ajuda de Pequim, que é parceiro comercial da Coreia do Norte.