O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China cobrou, nesta quarta-feira (26), que os Estados Unidos e a Coreia do Sul encerrem as ações que "agravam as tensões" na península Coreana. Geng Shuang alertou que o sistema de segurança antimísseis THAAD, que começou a ser instalado na Coreia do Sul seja imediatamente retirado.
O maior jornal da China, Diário do Povo, divulgou no Twitter imagens de sul-coreanos protestando ferozmente contra a chegada dos caminhões que traziam o sistema antimísseis à cidade de Seongju, no norte da Coreia do Sul.
Local residents stage fierce protests as US starts moving #THAAD missile defense system to Seongju, ROK pic.twitter.com/zmwfvq9mDm
— People's Daily,China (@PDChina) April 26, 2017
"A China insiste de forma veemente que os Estados Unidos e a Coreia do Sul interrompam as ações que agravem as tensões na região e prejudiquem as estratégias de segurança da China, e cancelem a instalação do sistema THAAD, abandonando o equipamento", afirmou o porta-voz do ministério.
Na Alemanha, o chanceler Wang Yi reforçou o pedido chinês. "Por um lado, temos que parar as atividades nucleares da Coreia do Norte e, por outro, devem terminar as manobras de grande escala em águas coreanas", alertou.
Uma série de restrições à Coreia do Sul já começou a ser imposta pela China, por conta da instabilidade criada junto aos Estados Unidos em avanços contra a Coreia do Norte. Ida de turistas chineses, por exemplo, já começaram a ser interrompidas, o que gera problemas para a movimentação da economia.
De acordo com o portal Uol, o ministério sul-coreano da Defesa informou nesta quarta-feira que espera aplicar a fase operacional do THAAD "o mais rápido possível", com o objetivo de ter a instalação completa até o fim do ano. A tensão aumentou na península coreana nos últimos meses e o governo de Trump deu respostas bélicas aos testes de mísseis balísticos norte-coreanos.
Além da instalação do escudo antimísseis, EUA e Coreia do Sul fizeram um dos maiores exercícios militares em conjunto. 30 helicópteros, 90 tanques e veículos blindados, 30 caças e cerca de 2 mil militares participaram.