A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quarta-feira (26) - por 19 votos a favor, 10 contra, quatro abstenções e uma ausência - a convocação de uma reunião de chanceleres para abordar a crise política da Venezuela. Não se definiu ainda nem quando nem onde acontecerá o encontro.
Além do Brasil, votaram a favor Guiana, Bahamas, Santa Lúcia, Argentina, Barbados, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Honduras, Guatemala, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. Os 10 países que votaram contra foram Venezuela, Antígua e Barbuda, Bolívia, Dominica, Equador, Haiti, Nicarágua, São Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadinas e Suriname.
Por fim, Belize, El Salvador, República Dominicana e Trinidad e Tobago se abstiveram, enquanto Granada se ausentou.
A Venezuela ameaçou deixar a OEA se essa reunião de chanceleres fosse convocada. Para tanto, necessitaria esperar dois anos e pagar o dinheiro que deve ao órgão, cerca de US$ 8,7 milhões, segundo o estipula o artigo 143 da Carta da Organização.
O embaixador da Venezuela na OEA, Samuel Moncada, criticou a convocação aprovada nesta quarta-feira e, durante a sessão, antes da votação, lembrou a ameaça lançada ontem pela chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, do seu país deixar a entidade se essa sessão de chanceleres realmente acontecer.