A ministra da Saúde da Venezuela, Antonieta Caporales, foi substituída por Luis López Chejade nesta quinta-feira, diante do forte aumento da mortalidade infantil e materna, e o retorno de doenças como a malária.
A decisão ocorre um dia após a divulgação de um boletim epidemiológico do ministério da Saúde que assinala que entre 2015 e 2016 o país registrou um aumento de 30,12% na mortalidade infantil e de 65% na mortalidade materna, confirmando a grave situação de saúde na Venezuela.
Caporales estava no cargo há apenas quatro meses.
O boletim revela ainda um aumento de 76,4% nos casos de malária, doença que em certo período foi erradicada da Venezuela.
Escolhido por Maduro, López Chejada, um farmacêutico de 43 anos, foi vice-ministro de Hospitais e secretário de Saúde do Estado de Aragua durante o governo do atual vice-presidente, Tareck El Aissami.
A situação da Saúde na Venezuela é um reflexo da grave crise econômica que atinge o país, onde o governo aplica um drástico corte nas suas compras externas, acentuando a escassez de alimentos, remédios e outros gêneros básicos.
Segundo a Federação Médica Venezuelana, os hospitais estão funcionando com apenas 3% dos medicamentos e insumos requeridos.