O novo presidente da França, Emmanuel Macron, divulgará nesta quarta-feira (17) a lista de ministros de seu governo, depois de adiar em 24 horas a formação do gabinete para averiguar e confirmar que todos os membros potenciais de sua equipe são irrepreensíveis.
De acordo com seu compromisso de "moralizar" a vida pública, o anúncio acontecerá às 13H00 GMT (10H00 de Brasília), após uma verificação minuciosa das situações fiscais e de eventuais conflitos de interesse de cada um dos potenciais integrantes de seu gabinete.
Macron quer evitar a todo custo cometer os mesmos erros do antecessor, o socialista François Hollande, que teve o mandato marcado pelo escândalo de fraude fiscal do ministro da Fazenda Jerôme Cahuzac.
Além disso, os novos ministros devem comprometer-se após a posse a exercer os cargos de maneira irrepreensível, destacou o Palácio do Eliseu.
O presidente mais jovem da história da França, de 39 anos, também pretende estabelecer uma ruptura política, com um governo que reúna políticos de esquerda e direita.
Ele deu o primeiro passo na segunda-feira com a nomeação como primeiro-ministro de Edouard Philippe, um conservador moderado do partido de direita Os Republicanos.
Macron tem o olhar voltado para as eleições legislativas de 11 e 18 de junho, nas quais deve obter uma maioria parlamentar ampla para conseguir aplicar sem obstáculos seu ambicioso programa de reformas dos sistemas tributário, trabalhista e previdenciário.
O centrista também busca "marginalizar a oposição formada pelos antigos partidos ao tentar estabelecer um leque de apoios que vai dos 'progressistas' do Partido Socialista à direita moderada", destaca o cientista político Olivier Ihl.