A primeira-ministra britânica, a conservadora Theresa May, disse nesta quarta-feira (17) que confia na especial relação entre o Reino Unido e os Estados Unidos e que continuará compartilhando dados secretos com o país norte-americano, depois que o presidente Donald Trump supostamente facilitou informação confidencial à Rússia. As informações são da Agência EFE.
Durante a campanha para as eleições gerais britânicas de 8 de junho, May disse nesta quarta aos jornalistas em Londres que o Reino Unido mantém um importante vínculo em matéria de segurança com os EUA e que continuará trabalhando com esse país.
"Temos uma relação muito especial, como sabem, com os Estados Unidos. Esta é a relação de defesa e segurança mais importante que temos no mundo. Estou contente que quando fui aos Estados Unidos pouco depois da posse de Donald Trump, ele se mostrou 100% comprometido com a Otan", acrescentou May.
A líder do governo falou dos EUA ao ser questionada sobre o vínculo entre os dois países, após ser divulgado, há alguns dias, que o presidente Donald Trump teria revelado informação secreta sobre o terrorismo do Estado Islâmico (EI) à Rússia.
"Continuamos trabalhando juntos e temos confiança de que a relação entre nós e Estados Unidos nos permite estar mais seguros. As decisões sobre o que o presidente Trump fala com qualquer um na Casa Branca é um assunto do presidente Trump", apontou.
A primeira-ministra acrescentou que seu país "continuará compartilhando [informação de] inteligência com os Estados Unidos, como fazemos com outros países de todo o mundo, porque estamos trabalhando juntos para fazer frente à ameaça que enfrentamos".
Segundo a primeira-ministra britânica, trabalhar com os EUA para enfrentar a ameaça terrorista é uma "parte importante" na hora de preservar a segurança nacional.
O assessor de segurança nacional da Casa Branca, o tenente coronel H.R.McMaster, disse ontem (16) em Washington que Trump não fez nada "inadequado" e nem pôs em risco a "segurança nacional" durante uma reunião no Escritório Oval na qual supostamente compartilhou informação secreta sobre terrorismo com altos funcionários russos.