Os corpos de quatro alpinistas foram encontrados em um campo do Monte Everest, anunciou nesta quarta-feira (24) uma empresa que organiza expedições, o que eleva a 10 o número de mortos na atual temporada de escalada ao "topo do mundo".
Os alpinistas falecidos foram encontrados na terça-feira no campo IV, situado a 7.950 metros de altura, por um grupo de socorristas que procurava o corpo do alpinista eslovaco Vladimir Strba, que morreu no domingo.
"Nossos socorristas encontraram os corpos de quatro alpinistas em uma barraca no campo IV ontem (terça-feira). Ainda não sabemos quem são nem como eles morreram", afirmou Mingma Sherpa, diretor da Seven Summits Trek, agência com sede em Katmandu que organiza expedições e operações de resgate no Everest.
De acordo com a imprensa local, os corpos encontrados são os de dois alpinistas estrangeiros e dois guias.
Até o momento não foi possível contactar uma fonte do governo nepalês no campo base do Everest para confirmar a informação.
Outros quatro alpinistas morreram no fim de semana no Everest, entre eles Strba e o médico americano Roland Yearwood.
Os dois estavam acima dos 8.000 metros, na denominada "zona da morte", um setor em que a altitude e a falta de oxigênio aumentam os riscos associados ao mal da montanha, condição que afeta o funcionamento dos órgãos.
O corpo do alpinista indiano Ravi Kumar, de 27 anos, foi encontrado na segunda-feira, dois dias depois do jovem ter alcançado o topo do Everest, a 8.848 metros.
Um australiano faleceu no domingo no lado tibetano da montanha.
O alpinista suíço Ueli Steck morreu no fim de abril quando escalava o monte Nuptse, diante do Everest, ao cair mais de 1.000 metros.
O nepalês Min Bahadur Sherchan, 85 anos, que tentava recuperar o título de alpinista mais idoso a escalar o Everest, morreu no início de maio em um campo base.
Desde o início da temporada, 382 alpinistas conseguiram chegar ao topo pelo lado sul e 120 escalaram o Everest pelo lado tibetano.
Em 2016, cinco alpinistas morreram no Everest e 640 pessoas chegaram ao cume.
Desde a primeira escalada ao topo do Everest em 1953, mais de 300 pessoas, em sua maioria nepalases, morreram nas montanhas do Himalaia.