O grande incêndio registrado entre a noite de terça-feira (13) e a madrugada da quarta-feira (14) em um edifício de Londres deixou pelo menos 30 mortos e diversos feridos, de acordo com a polícia. No entanto, o jornal britânico The Sun afirma que 65 pessoas estão desaparecidas.
"Ao menos 30 pessoas morreram", afirmou o comandante da polícia Stuart Cundy. Ele acredita que "infelizmente, o número voltará a aumentar".
Na quinta-feira (15), 37 pessoas continuavam hospitalizadas, 17 delas em estado grave. Segundo uma associação de ajuda à Síria, um dos mortos identificados é Mohamed Alhajali, um refugiado sírio de 23 anos que morava no décimo quarto andar do edifício e estudava engenharia civil na universidade de West London. Seu irmão mais velho, que estava com ele no momento da tragédia, sobreviveu e é está em um hospital.
A comandante dos bombeiros de Londres, Dany Cotton, disse que há partes do prédio que não são seguras e que levará tempo - semanas ou até meses - para inspecionar todos os andares.
"Há um número desconhecido de pessoas dentro do prédio, mas seria um milagre que estivesse alguém vivo", explicou à Sky News.
A rainha Elizabeth II publicou um comunicado afirmando que suas "orações e pensamentos estão com as famílias que perderam seus entes queridos". Ela e o príncipe William visitaram um centro que acolhe vítimas do incêndio.
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As causas do incêndio são desconhecidas, mas os moradores já tinham denunciado várias vezes que o prédio não estava preparado para um incêndio, e a velocidade com que o fogo se espalhou foi relacionada a um revestimento instalado em uma reforma em 2016, que pode ter funcionado como uma chaminé.
Cerca de 800 pessoas, a maioria imigrantes muito humildes, vivia na Torre Grenfell, construída em 1974 em meio a um bairro do rico distrito de Kensington e Chelsea, a pouca distância do bairro boêmio e animado de Notting Hill.
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, visitou nesta sexta-feira sobreviventes do incêndio ocorrido em um edifício de Londres nesta semana, que já teve 30 mortes confirmadas. May foi ao Chelsea and Westminster Hospital, onde são tratadas oito vítimas, três delas em estado grave.
A visita pode ser vista como uma resposta às duras críticas dos moradores do oeste de Londres, após May visitar o local do incêndio, mas não se encontrar com as vítimas. Outros membros do Partido Conservador, da premiê, pediram que ela mostrasse preocupação pelas dezenas de vítimas e pelos sobreviventes do incêndio. May irá posteriormente comandar uma reunião sobre como as autoridades podem ajudar as vítimas e as comunidades afetadas.