China e EUA se reúnem para discutir a questão da Coreia do Norte

Horas antes do início do encontro, Trump postou um polêmico tuíte sugerindo que os esforços chineses na Coreia do Norte fracassaram
AFP
Publicado em 21/06/2017 às 13:27
Horas antes do início do encontro, Trump postou um polêmico tuíte sugerindo que os esforços chineses na Coreia do Norte fracassaram. Foto: Foto: AFP


Altos funcionários americanos iniciaram nesta quarta-feira (21) discussões com seus colegas da China para que mantenham uma postura mais firme ante a Coreia do Norte.

Reunidos no departamento de Estado, o chefe da diplomacia americana, Rex Tillerson, e o secretário da Defesa, Jim Mattis, iniciaram as negociações com o assessor diplomático do governo chinês, Yang Jiechi, e o general Fang Fengshui, chefe do Estado-Maior.

Horas antes do início do encontro, Trump postou um polêmico tuíte sugerindo que os esforços chineses na Coreia do Norte fracassaram.

"Apesar de apreciar enormemente os esforços do presidente Xi e da China para ajudar com a Coreia do Norte, não funcionou. Pelo menos agora sei que a China tentou", escreveu no Twitter.

Nem Trump, nem a Casa Branca fizeram declarações sobre o significado da mensagem.

Em abril, Donald Trump recebeu o presidente chinês Xi Jinping em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida. A retórica hostil à China durante a campanha presidencial deu lugar a uma aproximação.

No mês passado, Pequim e Washington assinaram um acordo, embora limitado, de abertura recíproca dos seus mercados. E Terry Branstad, governador de Iowa e amigo de Xi Jinping, foi confirmado pelo Senado como embaixador americano na China.

Mas pontos de tensão permanecem, especialmente em relação à situação nas águas disputadas do Mar da China Meridional. Acima de tudo, os Estados Unidos gostariam que a China exerce uma pressão real sobre o regime norte-coreano de Kim Jong-Un.

Apesar das sanções internacionais, a Coreia do Norte possui um pequeno arsenal de armas nucleares e desenvolve mísseis balísticos que poderiam ameaçar o Japão, Coreia do Sul e talvez cidades americanas num futuro próximo.

Os Estados Unidos têm cerca de 28.000 soldados estacionados na Coreia do Sul, bem como uma frota poderosa na região. Mas sua pressão diplomática e econômica é limitada.

A repatriação na semana passada de um jovem americano de 22 anos detido por um ano pelo regime de Pyongyang aumentou ainda mais a tensão entre Washington e Pyongyang.

Otto Warmbier, preso durante uma viagem e acusado de tentar roubar um cartaz de propaganda, foi trazido de volta aos Estados Unidos em coma profundo, com extensos danos cerebrais. Ele faleceu na segunda-feira junto a sua família, seis dias depois de seu retorno ao país.

O bilionário fez do fim do programa nuclear norte-coreano uma prioridade da sua política externa. Ele concordou em silenciar suas críticas sobre os desequilíbrios comerciais para obter ajuda de Pequim sobre esta questão.

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