A Coreia do Norte emitiu nesta quarta-feira uma declaração no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas acusando os Estados Unidos de adotarem condições "injustas" para a oferta de negociações sobre os programas militares de Pyongyang.
O vice-embaixador do país na ONU Kim in Ryong disse que seria um "erro de cálculo fatal" pelos países acreditar que as últimas sanções impostas pelo conselho servirão para dissuadir a Coreia do Norte de desenvolver suas forças nucleares.
"Os EUA continuaram a falar em diálogo mesmo neste momento, quando as sanções foram adotadas", disse Kim durante um debate sobre a não proliferação de armas nucleares conduzido pela Bolívia, que preside o conselho neste mês.
"Mas não faz sentido falar em diálogo em condições previamente injustas e aplicando o máximo de pressão", acrescentou.
Os Estados Unidos disseram que estão dispostos a conversar com a Coreia do Norte se o país parar com seus testes de mísseis e de armas nucleares.
Este mês, o Conselho colocou 14 norte-coreanos e quatro entidades em uma lista negra de sanções, que incluem proibição global de viagens e congelamento de ativos.
Essa resolução de sanções baseia-se em duas outras medidas adotadas no ano passado, depois que a Coreia do Norte realizou um quinto teste nuclear e testou uma série de mísseis balísticos.
A Coreia do Norte denuncia o Conselho de Segurança como uma ferramenta política dos Estados Unidos e raramente participa de suas reuniões, mesmo as que dizem respeito diretamente a Pyongyang.