Um tribunal turco decidiu nesta terça-feira (18) manter a prisão de seis militantes de direitos humanos, entre eles a diretora da Anistia Internacional (AI) para a Turquia, informou a ONG, denunciando a "simulação de julgamento".
Oito militantes de direitos humanos, entre eles a diretora da AI Idil Eser, foram detidos no início de julho, junto com um sueco e um alemão.
"Seis destes militantes permanecem detidos e outros quatro estão em liberdade condicional, disse à AFP Andrew Gardner, investigador da AI especialista em Turquia.
O grupo é acusado de delinquir "em nome de uma organização terrorista sem integrar a mesma", acrescentou Gardner.
A detenção dos ativistas gerou alarme internacional em relação à política repressiva do regime do presidente Recep Tayyip Erdogan.
Expurgos em massa foram praticados pelas autoridades desde a tentativa de golpe de Estado, há um ano, e a situação preocupa cada vez mais os aliados ocidentais de Ancara e as organizações de direitos humanos.
O governo acusa o pregador Fethullah Gülen de estar por trás da tentativa de golpe e persegue seus partidários.
Em ondas sucessivas de repressão, o governo já deteve 50 mil pessoas e destituiu mais de 100 mil funcionários públicos.