O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU declarou, nesta terça-feira (1º), que está "profundamente preocupado" com a prisão de dois líderes opositores venezuelanos, e pediu a Caracas que liberte todos aqueles que exercem os seus direitos democráticos.
"A mim preocupa profundamente que os líderes opositores Leopoldo López e Antonio Ledezma tenha sido novamente colocados sob custódia das autoridades venezuelanas após a revogação de sua prisão domiciliar".
"Peço ao governo que liberte imediatamente todas as pessoas detidas por exercer o seu direito à liberdade de reunião pacífica, de associação e de expressão", acrescentou o texto do alto comissário, Zeid Ra'ad Al Hussein.
O responsável de direitos humanos da ONU também pediu uma investigação "rápida, eficaz e independente, com a plena cooperação do governo" das 10 mortes ocorridas na Venezuela durante o fim de semana.
López, de 46 anos, e Ledezma, de 62, os dois presos mais emblemáticos da oposição venezuelana, foram levados de volta à prisão depois de suas convocações a não votarem no referendo sobre a Assembleia Constituinte impulsionada pelo governo.
"Peço às autoridades que não exacerbem uma situação que já é extremamente volátil com o uso da força excessiva", expressou o comunicado do Alto Comissariado.