A oposição venezuelana e os advogados de defesa de Leopoldo López e de Antonio Ledezma rechaçaram de forma contundente que os dois líderes tivessem a intenção de fugir da prisão domiciliar, como argumentou o máximo tribunal para devolvê-los à prisão nesta terça-feira (1º).
"Isso é ridículo, isso é um passo atrás do governo. É indignante, é inaceitável, absolutamente arbitrário [...]. O governo está demonstrando que é um governo ferido, que não tem razão, mas força bruta pra tentar meter medo na sociedade", declarou Julio Borges, presidente do Parlamento.
Juan Carlos Gutiérrez, advogado de López, assegurou a jornalistas no Palácio da Justiça que seu cliente "jamais" fugiria.
Essa possibilidade "é absolutamente inexistente", afirmou, detalhando que pelo menos seis agentes do Sebin vigiavam a casa, com grandes armas e equipes especializadas.
Omar Estacio, advogado de Ledezma, declarou à emissora na Internet VivoPlay que o prefeito de Caracas tampouco fugiria.
"Em várias ocasiões os organismos de segurança o retiravam da custódia. Deixavam a porta aberta para que fugisse e evitasse o peso de prender o prefeito", indicou Estacio.
Segundo o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), López e Ledezma foram levados de volta à prisão por supostos planos de fuga e suas declarações políticas.
López não podia "fazer nenhum tipo de proselitismo político" e Ledezma tinha "a obrigação de se abster de fazer declarações a qualquer meio", assinalou um comunicado do TSJ.