Macri: 'Venezuela tem que ser suspensa definitivamente do Mercosul'

O presidente argentino também afirmou que "é inaceitável o que está acontecendo neste país"
AFP
Publicado em 03/08/2017 às 17:16
O presidente argentino também afirmou que "é inaceitável o que está acontecendo neste país" Foto: Foto: AFP


O presidente de Argentina, Mauricio Macri, considerou nesta quinta-feira (3) que a Venezuela, imersa em uma séria crise política, econômica e social, tem que ser suspensa "definitivamente do bloco Mercosul pelas denúncias de violações de direitos humanos.

"A Venezuela tem que ser suspensa definitivamente do Mercosul", disse Macri em declaração à rádio Brisas da cidade de Mar del Plata, a 400 km da capital.

Os chanceleres do Mercosul se reunirão em São Paulo ou em Brasília no sábado (5) para decidir sobre a suspensão política da Venezuela do bloco "pela ruptura da ordem democrática" no país, anunciou nessa quarta-feira (2) o chanceler paraguaio, Eladio Loizaga.

Segundo o presidente argentino "é inaceitável o que está acontecendo neste país". "Se está chegando a um consenso em toda América Latina e no mundo em geral para condenar o governo venezuelano", apontou. 

Macri disse que sob a presidência de Nicolás Maduro na Venezuela, "os direitos humanos são violados sistematicamente".

"Os venezuelanos estão muito mal. A vida dos cidadãos perdeu valor", acrescentou o presidente argentino, referindo-se à onda de protestos contra o governo de Maduro desde abril passado e que deixou 125 mortos.

Macri também expressou seu apoio a um pedido formulado na quarta-feira (2) pelo presidente do bloco governista na Câmara dos Deputados, Mario Negri, para que seja retirada a Ordem do Libertador San Martín concedida ao presidente venezuelano Maduro pela ex-presidente Cristina de Kirchner (2007-2015). 

O governo da Venezuela se prepara para instalar na sexta-feira (4) a Assembleia Constituinte impulsionada por Maduro, fortemente questionada pela comunidade internacional e cuja eleição é investigada por "fraude".

A instalação acontecerá em meio a protestos convocados pela oposição e pelo escândalo após a denúncia da Smartmatic - empresa que deu suporte tecnológico às eleições para a Constituinte - de que houve "manipulação" dos dados de participação apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

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