As doações para a Anti-Defamation League (Liga Antidifamação, em tradução livre, ADL), uma das mais antigas organizações de luta contra o racismo e o antissemitismo, se multiplicaram após os episódios de violência em Charlottesville, indicou o grupo nesta segunda-feira (21)
De acordo com Betsaida Alcantara, porta-voz da ADL, doações como a de James Murdoch, chefe da matriz da emissora conservadora Fox News, que há dias anunciou uma doação de um milhão de dólares, e de empresas como Apple, Uber e MGM Resorts contribuíram para aumentar em "1.000%" as somas recebidas na semana passada em relação à média semanal desde o início do ano.
A ADL, cuja sede fica em Nova York, não afirmou o montante do aumento.
O grande banco J.P. Morgan se somou nesta segunda-feira aos doadores, ao anunciar que doará um milhão de dólares que serão divididos entre ADL e o Southern Poverty Law Center, um centro de estudos sobre movimentos extremistas, segundo meios de comunicação americanos.
"Os acontecimentos de Charlottesville aumentaram a urgência de enfrentar o ódio, a intolerância e a discriminação onde quer que existam", declarou a CNN Peter Scher, encarregado na instituição de responsabilidade empresarial.
Os doadores pretendem apoiar a organização após os atos de violência durante uma marcha neonazista nesta cidade universitária do estado da Virgínia. Uma mulher morreu e outras 19 pessoas ficaram feridas por supremacistas brancos, e o presidente Donald Trump foi fortemente criticado por não condenar explicitamente a extrema direita.
O Centro Simon Wiesenthal de Los Angeles, organização de luta contra o racismo e o antissemitismo, também recebeu importantes doações, como a do ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger.
Este último disse que doou 100.000 dólares em uma mensagem muito compartilhada nas redes sociais, na qual denunciou a ideologia nazista. Também prometeu uma camiseta em benefício da associação, na qual aparece o protagonista de "O Exterminador do Futuro" convocando todos a "acabar com o ódio".