O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, acertaram aumentar a pressão contra o regime de Pyongyang, após um míssil norte-coreano sobrevoar o arquipélago japonês, nesta terça-feira.
"Necessitamos uma reunião de urgência na ONU e aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte. Japão e Estados Unidos estão completamente de acordo sobre este tema", declarou Abe à imprensa, após conversar durante 40 minutos com Trump.
O primeiro-ministro japonês destacou que Trump, que mantém uma dura retórica com Pyongyang sobre seu programa de mísseis, disse que Washington está ao lado do Japão.
"O presidente Trump expressou claramente seu compromisso de que os Estados Unidos estão 100% ao lado do Japão".
A pedido de Trump e de Abe, o Conselho de Segurança das Nações Unidas fará uma reunião de emergência, na terça-feira, para analisar o disparo do míssil, segundo fontes diplomáticas.
Na semana passada, o Japão disse que adotaria novas sanções contra a Coreia do Norte e que congelaria os bens de empresas chinesas e namíbias que negociam com Pyongyang.
Este é o primeiro míssil norte-coreano a sobrevoar o território do Japão em vários anos e o tiro ocorre após o lançamento, em julho, de dois mísseis intercontinentais de Pyongyang.
O míssil testado nesta terça-feira percorreu 2.700 km a atingiu uma altitude máxima de 550 km, segundo militares sul-coreanos.
O lançamento ocorre alguns dias depois de Pyongyang testar três mísseis de curto alcance, que foram considerados uma provocação ante o exercício conjunto anual realizado pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul.
Os três mísseis lançados no sábado, no entanto, não representaram ameaça, segundo um porta-voz do exército americano no Pacífico. Um deles explodiu no ar quase imediatamente depois do tiro.
No entanto, o lançamento desta terça-feira representa uma escalada significativa da parte de Pyongyang, que no começo deste mês ameaçou disparar mísseis na direção da ilha de Guam, uma importante base americana, situada a 3.500 km da Coreia do Norte.
Um ataque desse tipo teria que passar necessariamente sobre o arquipélago japonês.