O advogado pessoal do presidente Donald Trump, Michael Cohen, negou nesta terça-feira (19) qualquer vínculo com a suposta ingerência russa nas eleições americanas de 2016 e assegurou que tampouco viu um sinal de que o próprio presidente estivesse envolvido.
Em um comunicado antes de ser interrogado a portas fechadas pelo Comitê de Inteligência do Senado, Cohen disse que um documento da Inteligência britânica que o relacionava à ingerência russa nas eleições estava "cheio de mentiras e acusações intencionalmente danosas".
"Nunca me envolvi, recebi pagamentos, ou conversei com qualquer membro da Federação Russa, ou com mais ninguém para piratear ou interferir na eleição", disse Cohen.
"Dada a minha proximidade com o presidente dos Estados Unidos quando era candidato, deixe-me também dizer que nunca vi nada - nem um indício de nada - que demonstrasse a sua participação na interferência russa em nossa eleição, ou alguma outra forma de confabulação com a Rússia", acrescentou.
O comitê do Senado interrogou assessores de Trump e membros de sua campanha como parte da investigação da suposta ingerência da Rússia na eleição do ano passado para prejudicar a candidatura da democrata Hillary Clinton e impulsionar a de Trump.
Agências de Inteligência dos Estados Unidos dizem que o próprio presidente russo, Vladimir Putin, dirigiu os esforços, e investigadores do Senado e do Departamento de Justiça procuram possíveis vínculos entre a campanha de Trump e Moscou.
"Pode-se opor os pontos de vista e políticas do presidente, mas não alimentar falsas premissas sobre a validade de sua vitória", assegurou Cohen, que igualmente negou qualquer relação entre a eleição e os esforços de Trump por construir uma torre de luxo em Moscou.