Os três extremistas do Estado Islâmico mais procurados

As autoridades não têm informações de onde estão os três integrantes do EI
AFP
Publicado em 31/10/2017 às 15:40
As autoridades não têm informações de onde estão os três integrantes do EI Foto: Foto: AFP


Para os investigadores franceses e belgas, a queda dos redutos do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque desperta as esperanças de prender alguns dos responsáveis pelos atentados de 2015-2016 em Paris e Bruxelas.

As autoridades não têm informações de onde estão os três integrantes do EI mais procurados por seu suposto envolvimento nesses massacres, e tampouco sabem se sobreviveram às últimas ofensivas da coalizão internacional e das forças sírias contra os bastiões extremistas.

Veja a seguir os três extremistas mais procurados vinculados aos ataques de Paris e Bruxelas:

Oussama Atar

Este belga-marroquino de 32 anos é um extremista veterano que esteve por sete anos em várias prisões americanas no Iraque, onde acredita-se que tenha se radicalizado.

Os investigadores suspeitam que ele tenha sido o coordenador dos ataques de Paris de novembro de 2015 (130 mortos) e de Bruxelas de março de 2016 (32 mortos).

A Polícia belga encontrou um computador perto de um esconderijo utilizado pelos agressores de Bruxelas que continha provas de que estavam em contato com Atar, que tinha sua base em Raqa, na Síria.

Uma argelino que foi preso no final de 2015 na Áustria quando voltava da Síria identificou Atar por uma fotografia como o homem que coordenou os ataques.

Os Estados Unidos colocaram Atar, cujo nome de guerra é Abu Ahmed, em uma lista de "terroristas internacionais" em junho de 2017, na qual o descrevem como o "principal coordenador" dos ataques na Europa.

Segundo a ordem de prisão europeia lançada contra ele, Atar é tio de Ibrahim e Khalid El Bakraoui, dois irmãos que se explodiram nos ataques de Bruxelas de 22 de março de 2016, um no aeroporto e outro no metrô.

Ahmad Alkhad

Ahmad Alkhald, cujo verdadeiro nome não é conhecido, é um sírio de 25 anos de Aleppo (norte) que teria fabricado as bombas e os cinturões suicidas usados nos ataques de Paris e Bruxelas. Também é conhecido como Yassine Noure e Mohammed Alqhadi.

Seu DNA foi encontrado em um colete suicida usado por um dos agressores que se matou do lado de fora do Stade de France em 13 de novembro de 2015. Além do estádio, nessa noite um comando de extremistas executou uma onda de ataques em uma casa de show e em bares da capital francesa.

Os investigadores estabeleceram que Alkhald chegou à Europa em setembro de 2015 passando pela ilha grega de Leros, onde fingiu ser um migrante, e depois voltou à Síria duas semanas antes dos ataques de Paris. 

Também aparece na lista americana de "terroristas internacionais". O Departamento de Estado americano considera que "após seu retorno para a Síria, Alkhad continuou comandando os membros do EI na Europa na fabricação de bombas".

Abdelilah Himich

Este franco-marroquino de 27 anos serviu na Legião Estrangeira da França no Afeganistão antes de desertar da famosa força em 2010. 

Apelidado de "Abdel o Legionário", ou Abu Sulayman al-Faransi ("o francês"), também está na lista de vigilância terrorista dos Estados Unidos, em que é descrito como "um dos chefes estrangeiros do EI". 

Segundo Washington, "criou uma célula de combate terrorista estrangeira europeia", com até 300 membros em seu auge, que executou ataques no Iraque e na Síria, além de planejar as ações em Paris e Bruxelas.

Nascido no Marrocos, cresceu na pequena cidade de Lunel, perto de Montpellier, no sul da França, que se tornou um caldo de cultivo para os extremistas. Desde 2013, cerca de 20 jovens embarcaram de Lunel para Síria e Iraque

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