Nesta quinta-feira (23), o governo argentino demonstrou irritação com o que aconteceu com o submarino ARA San Juan, não só pelo desaparecimento e a possibilidade de explosão, mas também pela forma com a situação foi conduzida pela Marinha do país, segundo informações do jornal Clarín.
Ao todo, foram instauradas 40 investigações internas e fontes do governo comentam sobre "negligência" e informação "ocultada" pela Marinha.
Quem tem o cargo em xeque no momento são o almirante Marcelo Hipólito Srur e outros comandantes, além dos responsáveis na linha hierárquica de operações do submarino.
Oscar Aguad, ministro da Defesa, dirigiu críticas ao almirante por só ter sabido do caso através da mídia, enquanto participava de um congresso da ONU, em Vancouver.
Apenas depois de cinco dias, foi informado que o comandante do ARA San Juan reportou problemas nas baterias e um curto-circuito. A cúpula do governo tomou conhecimento do problema reportado pelo submarino no domingo, informação que a Marinha dispunha desde a quarta-feira, mas não repassou antes.
O porta-voz da Marinha Enrique Balbi negou nessa quinta que a cúpula soubesse das "anomalias hidroacústicas", como foi especulado, e garantiu que as buscas foram iniciadas de acordo com o protocolo, ou seja, 36 horas após o contato ter sido perdido.