A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas, Nikki Haley, disse que a Coreia do Norte será totalmente destruída se ocorrer uma guerra. Harley participou de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, nesta quarta-feira (29), depois que o governo norte-coreano lançou um míssil balístico intercontinental no mar japonês, no dia anterior.
“Nós nunca buscamos guerra com a Coreia do Norte e, ainda hoje, não a buscamos. Se ocorrer uma guerra, será por causa dos atos de agressão contínuos, como o que testemunhamos ontem”, disse Haley. A reunião foi convocada pelos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul.
Durante a reunião, os EUA pediram novas sanções contra a Coreia do Norte. A embaixadora Nikki Haley também solicitou que todos os países rompam relações com Pyongyang.
"Ninguém pode duvidar que o ditador da Coreia do Norte está se tornando mais agressivo em sua obsessão pelo poder nuclear", disse.
Haley dedicou parte de seu pronunciamento em reiterar a necessidade de que a China faça mais e, concretamente, pediu que o país corte o fornecimento de petróleo aos norte-coreanos.
De acordo com ela, o presidente americano, Donald Trump, fez esse pedido ao presidente chinês, Xi Jinping, durante uma conversa telefônica mantida na quarta-feira.
"Chegamos a um ponto em que a China deve cortar o petróleo que vende à Coréia do Norte ", insistiu a embaixadora americano, que lembrou que quando Pequim tomou essa medida em 2003, Pyongyang concordou em negociar.
No Twitter, Trump falou que é preciso aplicar maiores sanções ao país. "Esta situação está insustentável", escreveu.
O porta voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, disse que Trump enfatizou que é preciso que a China use as "ferramentas" disponíveis para convencer a Coreia do Norte a acabar com as provocações.
Segundo a agência de notícia chinesa Xinhua News, em uma conversa com jornalistas, o porta voz disse ainda que Pyongyang deve se abster de qualquer ação que aumente a tensão na Península
O governo norte coreano, sob a liderança de Kim Jong Un, lançou o míssil Hwasong-15, o mais poderoso testado por Pyongyang desde o início de seus testes balísticos e com armas nucleares. O míssel chegou a 4,8 mil quilômetros de altitude.