Barrado em voo, hamster de assistência emocional é jogado em sanitário

"Fiquei sentada chorando por 10 minutos na cabine", conta a dona que precisou jogar o hamster pela descarga
AFP
Publicado em 09/02/2018 às 17:13
"Fiquei sentada chorando por 10 minutos na cabine", conta a dona que precisou jogar o hamster pela descarga Foto: Foto: Reprodução


Primeiro foi Dexter, o pavão. Agora foi Pebbles, o hamster. Enquanto Dexter teve sua permissão de embarcar em um voo da United Airlines como animal de "apoio emocional" apenas negada, Pebbles teve um fim trágico.

Sua dona, Belen Aldecosea, de 21 anos, descartou Pebbles em um sanitário, após dizerem a ela que não podia levar o pequeno hamster no voo da Spirit Airlines.

Aldecosea, de Miami Beach, alega que um representante da Spirit no aeroporto de Baltimore sugeriu este horrível destino para Pebbles, uma acusação que a companhia aérea nega terminantemente.

"Ela estava assustada. Eu estava assustada. Foi horrível tentar colocá-la no banheiro", afirmou Aldecosea ao Miami Herald, que nesta semana revelou a assustadora história do animal de "apoio emocional".

"Eu estava emocionada, chorando. Fiquei sentada lá por 10 minutos chorando na cabine", declarou a estudante ao jornal.

A Spirit reconheceu que a companhia aérea havia declarado erroneamente a Aldecosea que Pebbles poderia acompanhá-la no voo de 21 de novembro, mas negou que alguém da companhia aérea tenha sugerido dar descarga em Pebbles.

"Após investigarmos este incidente, podemos dizer com confiança que, em nenhum momento, nenhum de nossos agentes sugeriu que esta cliente (ou qualquer outro envolvido) tivesse que eliminar ou ferir de outra forma um animal", disse o porta-voz da Spirit, Derek Dombrowski, em comunicado.

"É incrivelmente desanimador ouvir que essa cliente decidiu acabar com a vida de seu próprio animal de estimação", assinalou o porta-voz.

"Infelizmente nosso representante de reservas deu uma informação errada à cliente de que o hamster poderia voar como um animal de apoio emocional na Spirit", continuou.

"Quando a cliente apareceu com o hamster no aeroporto, nossos agentes ofereceram e a cliente aceitou fazer um voo posterior, então ela teve tempo de encontrar outras acomodações para o animal", disse.

A notícia da morte de Pebbles veio à tona pouco mais de uma semana depois de Dexter, o pavão, ter sido recusado no aeroporto Newark, em Nova Jersey. 

As diretrizes federais permitem que passageiros com deficiência viajem com alguns tipos de animais denominados de assistência ou apoio emocional, mas as companhias aéreas podem negar o embarque de alguns animais de estimação exóticos ou considerados "incomuns". 

A United Airlines anunciou na semana passada que estava restringindo seu regulamento sobre esses animais. 

"As regras do Departamento de Transportes relativas aos animais de apoio emocional não estão funcionando como se pensava, e precisamos mudar nossa abordagem para garantir uma experiência de viagem segura e agradável para todos os nossos clientes", declarou a companhia em um comunicado.

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