O jovem Nikolas Cruz, apontado como responsável pela morte de 17 pessoas ao abrir fogo na quarta-feira (14) em uma escola da Flórida, pertenceu a um grupo de supremacistas brancos, denunciou nesta quinta-feira (15) um dirigente da Liga Americana Anti-difamação (ADL).
Segundo Jonathan Greenblatt, diretor da ADL, um líder do grupo "Republic of Florida" (RoF), que se identificou como Jordan Jereb, admitiu que Cruz participou de sessões de treinamento com outros membros do movimento.
O grupo RoF se autodefine como uma "organização branca de direitos civis que luta pela identidade política dos brancos", que se propõe a criar um "etno-estado" no qual a sociedade fique livre das "políticas anti-brancos".
Em sua página na internet, o movimento afirma ser "uma organização que possui uma milícia". "Nem todos na RoF são obrigados a seguir treinamento paramilitar. Mas todos são impulsionados a se armar", destaca uma das páginas do grupo.
Posteriormente, a publicação eletrônica DailyBeast reportou que também contatou Jereb, que confirmou que Cruz pertence a este grupo supremacista.
"Não sei exatamente no que acredita. Sei que ele sabia bem que estava se unindo a uma organização separatista paramilitar protofascista", teria dito Jereb ao DailyBeast.
O líder do grupo também teria sugerido à publicação que a presença de alunos judeus poderia ter relação com o massacre.
"Havia muitos judeus nessa escola, que podiam estar se metendo com ele", comentou.