Turquia prende 4 iraquianos que planejavam atacar embaixada dos EUA

Os iraquianos presos são ligados ao Estado Islâmico. A embaixada foi fechada por segurança
AFP
Publicado em 05/03/2018 às 14:29
Os iraquianos presos são ligados ao Estado Islâmico. A embaixada foi fechada por segurança Foto: Foto: AFP


Quatro iraquianos que planejavam atacar a embaixada dos Estados Unidos em Ancara foram presos nesta segunda-feira (5) pelas forças de segurança turcas, informaram os meios de comunicação locais.

Os quatro homens foram presos na cidade de Samsun, no Mar Negro, no norte da Turquia, durante uma operação após um alerta de segurança emitido no dia anterior pela embaixada americana, que foi fechada ao público nesta segunda-feira.

De acordo com relatos da imprensa, os quatro suspeitos presos são ligados ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Documentos digitais encontrados em sua posse foram apreendidos.

A embaixada americana na Turquia, alvo de um atentado suicida em 2013, havia anunciado no domingo que permaneceria fechada nesta segunda-feira ao público por causa de um "alerta de segurança".

Em um novo anúncio esta tarde, este fechamento foi prolongado para terça-feira, devido a "uma ameaça à segurança".

Após este alerta, as autoridades turcas reforçaram as medidas de segurança em Ancara e conduziram uma operação contra supostos membros do EI.

Doze pessoas foram presas nesta segunda-feira na capital e mandados de prisão foram emitidos para outros oito suspeitos como parte de uma investigação contra o EI, informou a agência estatal Anadolu.

De acordo com a agência, as pessoas detidas são de "nacionalidade estrangeira", trabalhavam no recrutamento de combatentes para o EI e tiveram contato com "zonas de combate".

A prefeitura de Ancara também emitiu um comunicado anunciando a implementação de medidas de segurança reforçadas após informações fornecidas pelos americanos sobre o risco de ataque.

A Turquia foi alvo nos últimos anos de vários atentados mortais, atribuídos ou reivindicados por militantes curdos e pelo EI.

O país tem sido, há anos, o principal ponto de passagem para a Síria para estrangeiros, especialmente ocidentais, que desejam se juntar a grupos jihadistas, incluindo o EI.

Por muito tempo acusada de não fazer o suficiente para lutar contra a ascensão do EI e fechar os olhos para essas passagens, a Turquia, após os ataques em seu próprio território, fechou sua fronteira com a Síria e multiplicou as detenções e expulsões de suspeitos jihadistas.

O porta-voz do governo, Bekir Bozdag, afirmou nesta segunda-feira que mais de 4.000 membros do EI, incluindo 1.858 estrangeiros, foram presos pelas autoridades turcas desde 2011.

Enquanto isso, as relações entre Washington e Ancara ficaram tensas nos últimos meses, com a Turquia acusando os Estados Unidos de armar a principal milícia curda da Síria, as Unidades de Proteção do Povo (YPG), contra quem  Ancara lançou uma ofensiva no enclave de Afrin, no noroeste da Síria.

A Turquia considera as YPG como uma entidade terrorista. Washington pede que Ancara se concentre na luta contra o EI.

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