Em um vídeo divulgado na quinta-feira (15) à noite, o presidente Vladimir Putin apelou ao "amor à pátria" dos russos para convocá-los a votarem no domingo em uma eleição, na qual o Kremlin teme uma forte abstenção.
"Em quem votar, como exercitar seu direito em uma eleição livre é uma decisão pessoal, de cada um. Mas, se cada um fugir dessa decisão, então essa escolha essencial e determinante se fará sem que sua opinião tenha sido levada em conta", declarou Putin, nessa mensagem divulgada pelo canal de televisão RT.
Os russos - continuou ele - deveriam basear sua decisão em sua "consciência, entendimento da verdade e da justiça e o amor à Pátria".
"Estou convencido de que cada um de nós se preocupa com o destino do nosso país natal. Por isso, me dirijo a vocês lhes pedindo que vão aos colégios eleitorais no domingo. Usem seu voto para eleger o futuro", acrescentou.
No poder há mais de 18 anos como presidente, ou primeiro-ministro da Rússia, Putin deve - salvo enorme surpresa - obter no domingo um quarto mandato que o manterá no poder até 2024.
Os outros sete candidatos são quase invisíveis: o candidato do Partido Comunista, Pavel Grudinin, tem 7%-8% das intenções de voto; o ultranacionalista Vladimir Zhirinovski, 5%-6%; e a jornalista liberal Xenia Sobchak, 1%-2%. Os demais registram em torno de 1%.
O principal opositor ao Kremlin, Alexei Navalni, que não pôde se apresentar devido a uma condenação judicial denunciada por ele como orquestrada pelas autoridades, convocou um boicote às eleições.
O Kremlin teme uma abstenção elevada que enfraqueceria a legitimidade do resultado e multiplicou as medidas para estimular os russos a votar.