Uma comissão da ONU encarregada de combater o racismo pediu nesta segunda-feira a Israel que "pare imediatamente o uso desproporcional" da força contra manifestantes palestinos na Faixa de Gaza.
Em uma declaração por escrito, o Comitê das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial "insta o Estado parte (Israel) a encerrar imediatamente o uso desproporcional da força contra manifestantes palestinos, a se abster de qualquer ato que possa causar novas vítimas e garantir que as vítimas palestinas tenham acesso rápido e livre aos cuidados médicos".
Os 18 especialistas independentes deste comitê, que se reportam ao Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, declararam-se "preocupados pelo fato de que muitas pessoas que morreram ou ficaram feridas não pareciam representar uma ameaça iminente no momento em que foram atingidas".
Dezenas de milhares de palestinos na Faixa de Gaza, um território localizado entre Israel, Egito e o Mediterrâneo, protestam regularmente desde 30 de março perto da fronteira na chamada "Marcha do Retorno", que reivindica o direito do povo palestino de retornar às suas terras de onde foram expulsos ou fugiram com a criação de Israel em 1948.
Desde 30 de março, pelo menos 70 palestinos foram mortos na Faixa de Gaza por tiros de soldados israelenses.